Até então era como se eu estivesse fora da temporada de verão, afinal parece que todo mundo que conheço fez punção do nódulo na tireóide ou tem carência da vitamina D. Mas, enfim, estou na moda, sentimento de pertença.

De tempos em tempos, aparecem umas tendências na saúde. A da intolerância à lactose pegou geral, da criança ao idoso. Quem não conhece uma dúzia de gente com intolerância à lactose? Tanto que nunca vi tantas opções de leite zero lactose como agora. Mera coincidência? Sempre alerta!

Voltando à tireóide, uma amiga tem a explicação de que agora a incidência parece maior porque os médicos estão solicitando mais o exame. De qualquer forma, o nódulo está em mim atualmente, desfilando saliente. Parece que dá para conviver com ele. Vou ver como fica nosso relacionamento para saber se rompo ou não a relação.

Mas o que acho sem graça é estar carente da vitamina cuja produção é estimulada no organismo pelo sol, sendo que eu vivo numa cidade nordestina definida por um amigo meu como o lugar onde tem um sol para cada cidadão. Há algo errado no paraíso.

Soube de uma explicação conspiradora que não sei se procede e que envolve laboratórios farmacêuticos. A de que ampliaram (sujeito indeterminado) os níveis de referência dos exames, justamente para que todos nós, sob o sol de Toscana ou do Maranhão, precisem da reposição da vitamina. Será?

Uma reportagem na revista Época do ano passado, intitulada “Precisamos mesmo de mais vitamina D?”, levantou reflexões baseadas em pesquisas que revelaram que a referência que antes era estipulada como necessidade máxima para cada pessoa agora virou a mínima (!).

O fato é que se somos ou não marionetes nas mãos de grupos econômicos, não temos como pôr nossos ossos à prova. Uma boa e saudável saída pode ser a exposição ao sol durante dez minutos diários. O que fazemos com os bebês e esquecemos de fazer conosco. E viva o Nordeste, nosso remédio natural de cada dia!